sábado, 2 de novembro de 2013

Capítulo 25: Rivalidade entre irmãos

Postado por Estante de Livros às sábado, novembro 02, 2013
Um intruso noturno lutou com Anamika. Eu joguei para
longe meus cobertores e virei minha mochila sobre ele, derramando
minhas armas douradas. Mirando uma seta e colocando a cortina de
lado, eu a apontei para as sombras. A tocha havia sumido enquanto
dormíamos, e eu não podia dizer quem era quem. Ouvi Anamika respirar rapidamente quando o invasor a socou.
Desesperada por uma arma melhor, eu passei minhas mãos sobre o cobertor e senti o chakram, mas então minha mão roçou em Fanindra.
“Fanindra, eu preciso de seus olhos.” Eu persuadi.
Imediatamente os olhos de esmeralda da cobra brilharam e uma luz Viridiana encheu a sala, lançando uma sombra sinistra de verde. Agora eu podia dizer que o intruso era um homem, e ele tinha os braços ao redor de Anamika por trás. Seus olhos estavam rígidos e alertas, mas eles se arregalaram a me ver.
Graças a Fanindra eu tinha uma imagem clara. Levantei meu arco e gritei: “Anamika, mergulhe!” Mas percebi rapidamente pela pequena sacudida em sua cabeça que ela não entendia. O homem girou em torno dela para que ela pudesse olhá-lo nos olhos.
Ela engasgou. “Sunil?”
Eu estava prestes a soltar minha flecha quando escutei o nome do irmão de Anamika e hesitei.
“Você está vivo!” Ela gritou.
Ele ignorou a ela e voltou sua atenção para mim. Mesmo na pouca luz eu pude ver que ele era alto, forte, musculoso e pronto para guerrear. Como sua irmã, seus olhos eram verdes e seu cabelo estava escuro, mas ele tinha cachos. Havia um pouco de barba por fazer. Mesmo enquanto ele nos atacava, eu pude ver que Sunil era muito bonito.
Após uma breve avaliação sobre mim, um largo sorriso iluminou seu rosto. Em uma voz fria ele disse: “Você! Estivemos esperando por você,” ele disse. “Meu mestre ficará satisfeito.”
Sunil violentamente empurrou Anamika de lado e foi em minha direção. Irmão ou não irmão, eu soltei minha flecha. Ela afundou profundamente em sua coxa. Sunil nem sequer vacilou, mesmo com uma flecha em sua perna. Agarrando-me rudemente, ele começou a me arrastar enquanto eu lutava, para fora da tenda.
Anamika gritou para os guardas e ordenou que subjugassem seu irmão. Eu poderia dizer das lágrimas em sua voz (Dog chapado curtiu.) que ela lhes pedia para não machucarem-no.
Livrando-me de suas garras, eu me deparei com o chão frio. Sunil pareceu reconhecer que ele havia falhado. Com um grito, ele jogou de lado os homens que os seguravam como se eles fossem meras bonecas de pano e fugiu para a floresta. Os guerreiros de Anamika seguiram-no, mas retornaram alguns momentos depois. Eles disseram a Anamika que seu irmão, uma vez líder, era mais rápido que seus mais rápidos corredores, mesmo com sua lesão na perna. Eles haviam perdido Sunil na névoa.
Ren e Kishan nos alcançaram e rapidamente se posicionaram ao meu lado.
“Escutamos gritos. O que aconteceu?” Ren exigiu.
“Fomos atacadas por um adversário inesperado.” Anamika respondeu.
Depois que ela explicou que o intruso quase havia me sequestrado, Kishan avançou oferecendo-se para rastrear o homem.
Anamika o dispensou. “Eu sei onde ele está agora.” Ela explicou. “Sunil caiu sob o poder do demônio. Eu já vi esse tipo de poder usado em outros. Eles se esquecem de si próprios e aqueles pelos quais se importam.”
“O demônio com o qual você luta tem poderes?” Ren perguntou.
Anamika olhou para os homens e em seguida pressionou seus dedos nos lábios e entrou na tenda. A segui acompanhada por Ren e Kishan. Nós quatro sentamo-nos à mesa.
“Eu não quero que meus homens temam ao inimigo mais do que já temem.” Ela advertiu.
Ela pegou um cobertor e enrolou ao redor de seu corpo. Depois ela limpou as lágrimas. Parando subitamente, Anamika afastou o cobertor macio de seu rosto e o encarou. Ela inclinou sua cabeça me considerando antes de responder finalmente a Ren.
“Ele tem poderes extraordinários. Ele os usa para levantar um exercito demoníaco.”
“Um exército de demônios?” Algo estava rastejando ao redor de meu cérebro. Uma memória velha estava penetrando em minha consciência. Minha boca repentinamente ficou seca. Eu umedeci meus lábios rachados. “Anamika como seu inimigo se parece?”
“Sua pele é negra e ele tem chifres longos como um touro. Ele usa seu poder de tremer a terra e causar destruição para qualquer um que se oponha ele.”
Engrenagens rodaram em minha cabeça e as peças de um quebra-cabeça antigo começaram a se encaixar.
“A deusa se ergueu,” eu sussurrei, “para matar o demônio Mahishasur.” Eu engoli em seco e olhei para Ren e Kishan. “Nós precisamos conversar.”
Anamika permaneceu parada. “Você converse seus lazeres aqui. Você deve estar segura o suficiente. Preciso ver meus homens e enviar os caçadores da manhã.”
“Caçadores?” Kishan perguntou com um entusiasmo despertando.
“Sim.” Ela foi para a cadeira onde largara a armadura e as botas. “O jogo tem permanecido por muito tempo em nossas terras, mas talvez ainda consigamos achar alguma comida para encher as barrigas daqueles sob meus cuidados.”
Ela tirou as meias confortáveis que eu dei a ela e colocou de lado enquanto me dava um olhar de chegaremos-ao-fundo-disso-mais-tarde. Ela pegou as botas e os equipamentos e se retirou.
“Eu sei por que ela se parece com Durga.” Eu exclamei no instante em que ela estava fora do alcance auditivo. “Ela é Durga ou irá se tornar uma vez que derrotar Mahishasur. Eu li sobre como ela o matou enquanto estava estudando o nascimento de Durga.”
“Mas Durga foi criada por deuses.” Kishan disse.
“Sim, mas se lembre, ela foi criada para derrotar Mahishasur. Acho que fomos enviados aqui para criar Durga.”
“Fomos enviados aqui para derrotar Lokesh.” Ren respondeu.
Coloquei minha mão em seu braço. “Ren, Lokesh é Mahishasur.”
“Eu não acompanhei.” Disse Kishan.
“Eu não tive a chance de dizer, mas na minha visão Lokesh se tornou um demônio. Ele era exatamente como Anamika descreveu. Seu corpo é enorme e preto. Ele soltava vapor pelas narinas e tinha dois chifres.” Algo mais estalou em minha mente.
“Não era Mahishasur que era metade homem metade touro?”
Kishan assentiu. “Búfalo na verdade.”
“O Sr. Kadam disse em sua carta que Lokesh havia se tornado um demônio do passado. É isso. É por isso que estamos aqui.”
“Kelsey-” Kishan começou.
Absorta em minha teoria, eu o interrompi. “Além disso, eu acho que ele usou seu fazedor-de-zumbis no irmão de Anamika.”
“Ela tem um irmão?”
“Sim, um irmão gêmeo. Seu nome é Sunil. Ele foi quem nos atacou essa manhã.”
“Ela não disse que tinha um irmão.” Ren disse.
“Ela pensou que ele estava morto.”
“Ele te machucou.” Ren delicadamente passou os dedos sobre as marcas vermelhas em meus braços.
“Eu ficarei bem.” Murmurei distraída. Limpando minha garganta para desviar a minha atenção do toque de Ren eu continuei. “Quando Sunil me viu, ele disse: ‘Meu senhor ficará satisfeito’. Eu acho que Lokesh tem ficado de olho em mim. Mas ele originalmente queria levar Anamika. Isso deve significar que Lokesh está atrás dela também.”
Kishan resmungou. “Então é simples. Você e Anamika ficarão aqui enquanto nós matamos Lokesh.” Ele se levantou e foi até a mochila para recuperar as armas.
“Não.” Eu disse me levantando. “O demônio Mahishasur não pode ser morto por um homem. Se lembra? Durga foi criada para derrotá-lo.”
“Então o que faremos agora?” Ren perguntou.
Eu lhe dei um sorriso de lado. “Temos que convencer Anamika de que ela é uma deusa.”
O primeiro passo era convencer a Amazona de que ela precisava ser uma deusa, mais fácil falar do que fazer. Primeiro, tivemos que localizá-la. Demoramos várias horas para encontrar a mulher. Assim que chegamos à tenda onde ela estava cuidando de um homem ferido, descobrimos que ela havia saído para buscar por lenha para adicionar ao estoque. Depois de questionar seus homens, nós descobrimos que ela havia saído para caçar.
Cansados de correr atrás dela no acampamento, Kishan a farejou que ela havia ido pela floresta. Uma hora depois, ela retornou com um coelho recém-capturado no ombro.
Anamika brevemente parou de andar. “O que há de errado agora?” Ela perguntou passando por nós. “São suas acomodações precárias? Ou estão aqui para se queixar dos hematomas que meu irmão deixou em sua preciosa noiva?” Ela destilava sarcasmo.
Desta vez eu não me incomodei com suas palavras. Ela tirou o cabelo do rosto e notei os círculos escuros sobre seus olhos e um vergão roxo em sua mandíbula. Kishan rosnou e se adiantou para confrontá-la, mas eu coloquei minha mão em seu braço.
“Nós estamos aqui para ajudá-la.” Disse eu.
Ela fez uma pausa e olhou para mim. “E como uma fraca como você me ajudaria?”
Eu me embaralhei e falei a primeira coisa que me veio à cabeça. “Ren e Kishan são bons caçadores. Talvez eles consigam arrumar um pouco de carne.”
Ela zombou e enfiou o coelho morto em minha cara. “Esta criatura morta é a maior quantidade de carne que consegui em semanas.”
“Confie em mim. Eles são caçadores excepcionais.”
Anamika olhou para Ren e Kishan, não se preocupou em esconder sua expressão de dúvida e então balançou sua mão. “Não me importo, divirtam-se. A floresta é de vocês.”
Com saltos ágeis ela fez seu caminho pedregoso de volta para o acampamento.
“Eu pensei que estávamos indo falar com ela.” Disse Kishan enquanto eu tirava a mochila dos ombros e a vasculhava.
“Precisamos com que ela confie em nós primeiro ou ela não irá acreditar em nada do que dissermos.”
Eu entreguei a Ren o Fruto Dourado e disse: “Vocês dois vão lá fora e cacem alguns alimentos com o Fruto, tragam o quanto puderem carregar. Eu vou ajudar Anamika a tomar conta de seus homens. Por favor, eu posso pedir isso?” Perguntei ao Kishan enquanto tocava o kamandal.
Ele beijou minha mão, tirou o cordão de meu pescoço e pressionou em minha mão.
Combinamos nos reagrupar no por do sol e fui olhar os arredores do acampamento. Uma vez lá a primeira coisa que fiz foi pedir a Echarpe para criar uma tenda repleta de pilhas de roupa em uma variedade de tamanhos, cobertores, chinelos macios, meias grossas, luvas, chapéus e um estoque gigante de ataduras.
Uma vez que a tenda estava cheia, eu procurei o local perfeito para uma nascente quente. Usando a magia do Colar de Pérolas, usando o calor do vapor para explodir a sujeira para longe de um estepe rochoso e convoquei uma água mineral borbulhante por baixo da superfície da terra. O poder do amuleto fluía pelos meus dedos, aquecendo o chão abaixo. Fiz as camadas de rochas por baixo da terra ficarem quente o suficiente para durar por vários dias. Finalmente, eu não deveria trabalhar de modo tropical, mas
imaginei que não machucava tentar. A nascente poderia ser usava para banho bem como para imersão de músculos após uma batalha.
Minha próxima tarefa era curar aqueles que eram demasiadamente fracos para se banhar na primavera. Encontrei o lugar do campo de abastecimento de água: cinquenta barris cheios de água gelada. Pegando a concha, eu descobri o topo de um barril e pinguei várias gotas do kamandal na água. Depois de uma leve agitada, eu me movi para o próximo barril. Levou uma hora para terminar todos os barris, e então procurei por Anamika.
Ela estava ajoelhada ao lado de um soldado que havia acabado de morrer. Lágrimas escorriam livremente por seu rosto enquanto ela falava com seus amigos. A culpa me sobrepujou nesse momento e me repreendi por não ter visto os piores feridos primeiro. Vendo a preocupação que Anamika sentia por aqueles homens de luto e o modo que eles respondiam por ela com óbvia devoção e lealdade me fez ver claramente sua vocação.
Ela será olhada como a única que milhares olharão, eu estou aqui para ajudá-la.
Era triste que eu não pude salvar o homem, mas eu sabia que se pesasse duas vezes constantemente em minhas ações, eu perderia as oportunidades de salvar outros.
Terminando com os seus soldados, a guerreira me viu de pé na abertura da barraca e saiu.
“O que você quer?” Ela perguntou irritada.
“Sinto pela morte de seu amigo, Anamika.”
“Seus sentimentos não o trarão de volta a vida.”
“Não. Não o trará.” Permaneci quieta por um momento antes de dizer, “você é a culpada, Anamika.”.
“Toda morte aqui é minha responsabilidade.”
“A morte vem.” Eu disse. “Não há meios de pará-la. Você pode apenas fazer o seu melhor para ajudar o máximo que você puder.”
Ela limpou as lágrimas de suas bochechas e se virou. “O que você sabe sobre morte?”
“Mais do que você imagina.” Eu brinquei com o kamandal pendurado em meu pescoço e confessei. “Eu costumava ter medo da morte. Não por mim mesma, mas termia a morte daqueles que eu amava. Aleijava-me. Não me permitia ser feliz. E tem sido desde que me permiti perceber que estava errada.” Anamika suspirou. “‘Não há forma de evitar a morte. ’ ‘Não. Não há’ eu admito, mas ainda há vida.” Eu encontrei um saco de água ao lado da água e a estendi para ela. Ela tomou um longo gole e limpou a boca com as costas da mão.
Eu disse baixinho: “É uma desonra para a morte de nossos entes queridos se nos excluirmos da felicidade. Jogarmos fora o que poderia ter sido e desperdiçarmos nossas oportunidades. Cada um de nós tem um propósito, um destino, e para realizá-lo, é preciso procurar além do que pensamos sermos capazes de fazer.” Meus olhos se encontraram com os dela intensamente enquanto eu disse, “Uma mulher sábia uma vez me disse que precisamos aprender a lição da flor de lótus: todas as experiências humanas, as boas e as ruins, são como lodo em um rio. Podemos nos enraizar na dor e sofrimento, mas nosso trabalho é subir para cima do lodo, encontrar o sol e florescer. Só então nós podemos trazer luz para os mundos de outros.”
Ela tomou outro gole da água e bufou. “Você soa como minha velha avó.”
“Velha? Fale por você. Você é muito mais velha que eu. Confie em mim.”
“E por que eu deveria escutar a sabedoria de uma jovem?”
Eu encolhi os ombros. “Você tem que decidir por si mesma se vai aceitar meu conselho ou não.”
Anamika guardou de volta o cantil e perguntou, “Por que você está aqui?”.
Coloquei minha mão em seu ombro. “Nós viemos para ajudar.”
Ela me deu um pequeno sorriso e perguntou, “Como alguém tão pequeno pode me fornecer qualquer tipo de ajuda?”.
Eu sorri e disse: “Siga-me e verá.”
Nós fizemos nosso caminho através do oceano de tendas e uma mais uma vez, eu me maravilhei quantas pessoas estavam reunidas aqui. Não havia apenas homens. Havia várias mulheres e até algumas crianças no campo.
Anamika explicou, “Antes de meu irmão ser levado, por vezes eu fiquei para trás para cuidar do acampamento com essas mulheres. Eu estava sempre em seus lados até que meu irmão foi capturado e eu fui presa pelo demônio.”.
“Quando éramos mais jovens, nosso pai nos ensinava com nós dois juntos. Nós éramos inseparáveis. Nossas babás diziam que éramos duas metades de um melão amargo, especialmente quando nossos temperamentos eram despertados.” Ela sorriu com a lembrança.
“Rapidamente se tornou óbvio como Sunil era um poderoso guerreiro e líder natural, eu era dotada na organização dos exércitos. Embora ele me dominasse na força, muitas vezes eu bati nele com astúcia. Juntos éramos imparáveis. Sunil sempre respeitava minhas opiniões, e entre nós, sempre ganhamos as disputas, éramos bem sucedidos em cada manobra e vencíamos todos os obstáculos. Nós éramos uma equipe imbatível, até agora.” Ela acariciou levemente o queixo machucado.
Senti pena e um novo respeito por ela quando ela falou de sua educação e sua família. Ela amava seu irmão e estava realmente arrasada por que ele havia se voltado contra ela.
Distinguindo o bosque dos afloramentos de árvores e rochas, eu a guiei para minha tenda de suprimentos secretos. Quando chegamos lá, eu puxei a abertura.
“Foi montada aqui na periferia do acampamento então eu acho que o homem esqueceu onde estava.” Eu expliquei esperando que ela aceitasse a desculpa esfarrapada.
Anamika entrou na tenda e fez uma pausa. Como se pisasse dentro de um templo, ela tocou nos tecidos de uma forma quase amorosa. “É um presente dos deuses.” Ela comemorou.
Eu sorri. “Algo do tipo.” A deixei examinar os tecidos por alguns minutos e então disse, “Há mais. Venha para fora.”.
Eu a levei para minha nova banheira de imersão. Ela mergulhou sua mão na água borbulhante quente. Um olhar de intenso anseio varreu seu rosto. “Não tenho sido capaz de me banhar totalmente por semanas.” Ela disse e soltou um suspiro. “Os homens poderão relaxar aqui.”
“Eu estava pensando a mesma coisa.” Eu disse. “Então o que devemos fazer primeiro?”
A expressão de negócios voltou. “Irei distribuir os bens imediatamente informar nossos médicos sobre a banheira quente.” Ela se virou para mim e disse: “Obrigado, Kelsey.”.
“De nada.”
Ela sorriu para mim e pela primeira vez, eu vi a deusa que havia sido minha protetora nos últimos anos.
No resto do dia eu ajudei Anamika a ir de tenda em tenda para cuidar dos soldados. Na hora do almoço, ela tocou meu ombro, sorriu e me ofereceu metade de seu pão sírio pequeno. Meu estomago roncou em protesto, mas me senti bem por deixar de lado. Havia muitos que foram feridos e que estavam morrendo de fome.
Ela me deixou no final da tarde para ver o retorno dos caçadores. Eu segui para a próxima tenta, encorajando os homens a beber da água dos barris, e oferecendo goles a partir de um frasco com maior concentração do elixir da sereia. Também garanti que
eles possuíssem roupas suficientes e roupas de cama para mantê-los aquecidos. Nenhum soldado falava inglês, mas os feridos tentaram se comunicar em Hindi.
“Svargaduuta.” O homem disse enquanto eu abaixava sua cabeça gentilmente no novo travesseiro que havia trago para dentro. ”
Puxei um cobertor quente até seu queixo e enxuguei o seu rosto com uma toalha molhada. “Eu sinto muito, não sei o que Svargaduuta significa.” Eu disse, “Mas você irá se sentir melhor em breve”.
“Significa ‘anjo’.” Uma voz quente atrás de mim explicou. Eu corei e olhei para cima para ver Ren de pé na tenda aberta, me observando. Seus olhos estavam cheios de emoção, mas ele desviou o olhar quando um homem do outro lado da tenda gemeu de dor. Rapidamente Ren se inclinou para o homem e o questionou antes que eu pudesse chegar lá.
Nós trabalhamos juntos em silêncio por um tempo, e então perguntei.
“Vocês foram capazes de trazer carne de volta?”
“Tem mais que o suficiente para alimentar todos esta noite. Você tem estado ocupada, eu vejo.” Ele disse.
Concordei e toquei a mão de um homem ferido. “Beba isso. Você vai se sentir melhor em breve.”
O homem conseguiu engolir algumas colheradas de água, mas a maior parte escorreu de sua boca. Satisfeita porque ele tinha obtido o suficiente, eu girei nos meus pés, estava cansada.
“Onde está Kishan?”
“Anamika o recrutou para distribuir roupas e cobertores. Haverá uma celebração essa noite – um ensopado de veado para os feridos e o restante de nós.”
Ele me guiou na tenda e pegou meu cotovelo enquanto sussurrava, “Anamika estava certa sobre não ter jogo. Precisamos usar o Fruto para criar os assados que trouxemos.”.
“Eles vão precisar de mais do que carne para ser sustentados. Eles precisarão de frutas e legumes também.”
“Eu não sei como providenciaremos sem levantar suspeita.”
Mordi o lábio. “Vamos ter que pensar em alguma coisa.”
Ren assentiu. “Eu descobri que estamos mais ou menos entre 330 e 320 A.C, mais provavelmente perto dos 320.”
“Como você sabe?”
“Seu líder é Chandragupta Maurya. Ele liderou o império de Mauryan que abrangia as terras que meu pai e meu avô governaram. Ele é um homem jovem agora, o que significa que seu reinado está apenas começando.”
“Isso é algo bom?”
Ren deu de ombros. “É muito longe daqui. Anamika é, para todos os efeitos, a líder desse exército em seu nome. Sua palavra é considerada lei.”
“Acho que é bom então.”
Ren assentiu e melhorou o humor. “Vamos participar da celebração?”.
“Eu ficarei feliz em fazer isso.”
Ren me escoltou até seu cavalo que esperava do lado de fora de tenda. Seu sorriso branco penetrou a escuridão que se aproximava.
“Não sei como andar.” Protestei.
“Você andou no Qilin muito bem.” Ele respondeu enquanto me levantava e eu jogava a perna por cima do dorso do cavalo.
“Isso porque o Qilin dirigia.” Eu disse conseguindo me puxar sem jeito por cima do animal.
Ren montou no cavalo bem atrás de mim, colocando um braço em volta de minha cintura e iniciando a caminhada do cavalo. Sussurrando em meu ouvido ele disse, “Para montar em um cavalo corretamente, você tem que ter uma ligação, sentir sua força, o poder em seus músculos. Prestar a atenção em seu andar, seus passos. Feche os olhos. Você sente como seu corpo sobe e desce?
Ele vai levá-lo aonde quer que você queira ir. Tudo que você precisa é aprender a andar com ele, e não contra ele.”.
Engoli em seco e tentei desesperadamente me lembrar de que estávamos conversando sobre um cavalo. (hmmm). Durante o pequeno discurso de Ren eu havia derretido contra seu peito e tudo que eu conseguia pensar em fazer era tomar as rédeas e cavalgar até as montanhas com Ren. (hmmmm²)
Limpando minha garganta ruidosamente depois de um momento de fantasia indulgente, eu me sentei o mais longe possível de Ren e contei para ele sobre os homens doentes e feridos que eu havia ajudado durante o dia. Logo não era somente uma distração. Eu estava orgulhosa do trabalho que tinha feito e senti uma paz recente em minha alma.
Embora eu estivesse cansada, eu sabia que os presentes de Durga foram criados para esse propósito – por fim no sofrimento. Um pensamento me ocorreu, o Sr. Kadam ficaria satisfeito com os nossos esforços e gostaria de discutir estratégias de batalha com Anamika.
Meu brilho quente interior e alto astral continuou quando chegamos a uma grande fogueira no acampamento. Devido aos meus esforços de Florence Nightingale*os mesmos homens que haviam me olhado com desconfiança e outros que não gostavam de mim no dia anterior agora me recebiam calorosamente. Eles mudaram de posição e me deram o melhor lugar da casa, um tronco gasto perto do fogo. *Florence Nightingale foi uma enfermeira britânica que ficou famosa por ser pioneira no tratamento a feridos de guerra, durante a Guerra da Criméia. Ficou conhecida na história pelo apelido de "A dama da lâmpada", pelo fato de servir-se deste instrumento para auxiliar na iluminação ao auxiliar os feridos durante a noite.
Ren trouxe tábuas de alimentos para nós dois e sentou aos meus pés. Ele traduziu algum dos comentários que os homens faziam. O consenso geral em torno do acampamento foi que éramos amuletos de boa sorte e que nos ter por lá significava que poderiam ter a esperança para vencer aquela guerra depois de tudo.
Nossa refeição pacífica foi interrompida por vozes que cresciam cada vez mais altas à medida que se aproximavam.
“Eu não sou um burro de carga!”
“Seu comportamento obstinado te rotula como tal!”
“Eu apenas sou teimoso porque você é uma harpia.” “Eu não compreendo a palavra harpia.”
“Harpia é uma bruxa, cavalo, megera.”
“Como se atreve a me chamar assim?”
“Eu nomeio o que eu vejo.”
“Não quero mais falar com você. Saia do meu lado agora!”
“Isso é música para meus ouvidos.”
Kishan invadiu o círculo onde estávamos comendo, enxotou Ren para o lado e se plantou ao meu lado. Seu rosto e pescoço estavam vermelhos, esse assistiu Anamika com um brilho quente enquanto pela pegava um prato de comida e se sentava em um tronco. Ela jogou seu longo cabelo sobre o ombro em seu colo para que ele não arrastasse no chão. Enquanto ela comia sua comida, ela olhou para nossa direção, acenou para mim e Ren e depois franziu a testa para Kishan.
Quando o jantar acabou Anamika se aproximou de nós e disse: “Venha Kelsey. É hora de descansar.” Eu fiquei de pé, mas Kishan pegou meu braço.
“Boa noite bilauta.” Ele abaixou a cabeça e me beijou, mas eu estava prestes a me afastar quando ele grunhiu e me puxou com força contra ele. Seu beijo se aprofundou e embora eu deixasse isso acontecer sem lutar, eu me senti envergonhada pelo abraço íntimo exibido em público. Kishan finalmente me deixou ir e sorriu feliz enquanto eu cambaleava alguns passos em direção a Anamika.
Ela estreitou os olhos para Kishan e então se virou para Ren e perguntou: “Você se importaria de me ajudar amanhã? É claro que seu irmão ficaria mais feliz correndo atrás de sua gatinha e morder seu calcanhar.”.
Ren balançou sua cabeça concordando. Seus olhos brilhavam enquanto ele nos olhava, antes que eu pudesse dizer alguma coisa Anamika colocou seu braço no meu e me levou em direção a sua tenda.
No dia seguinte havia uma égua cinza deixada do lado de fora de minha tenda com uma nota de Ren. Ele e Anamika passaram o dia trabalhando juntos, mas ele arrumou uma égua pra que eu pudesse praticar equitação.
Encontrei Kishan pacientemente esperando por mim no café da manhã, ele sorriu quando desci de meu próprio cavalo e a amarrei em um poste.
“Irei te ensinar como cuidar de sua égua apropriadamente.” Ele ofereceu.
“Ela é linda não é?”
“Uma do estoque pessoal de Anamika.”
“Oh.” Mordi meu lábio me perguntando o que Ren ofereceu em troca por tão belo presente.
“Qual a nossa tarefa de hoje?” Eu perguntei de repente mal humorada.
“Estamos no comando da busca por alimentos. Pensei que poderíamos fingir que tínhamos ido pescar e trazer de volta algumas plantas comestíveis e raízes também.”
“Tudo bem.”
Depois de uma parada na barraca de abastecimento para encher o nosso estoque esgotado, partimos para o rio.
Trabalhamos todo o dia indo e vindo entre o acampamento e o rio, carregando sacos de saladas verdes, raízes e linhas de peixes. Minha mente só foi capaz de se concentrar em duas coisas: a dor dos meus músculos e o monstro verde do ciúme que aparecia sempre que eu me perguntava o que Ren e Anamika estavam
fazendo. Até o momento eu tinha transportado um saco gigante de verduras e ajudado Kishan a posicionar as estacas de peixe fresco recentemente capturados perto do fogo para cozinharem, eu desejava desesperadamente que pudéssemos apenas deixar de lados os pretextos e usar o Fruto Dourado na frente de todos. Mas eu sabia que ainda precisava guardar o presente, mas usá-los abertamente seria muito mais fácil.
Esperei um pouco por Ren e Anamika retornarem, mas eu estava exausta de todo o trabalho pesado e logo após a refeição da noite, eu voltei para meu leito e desabei sobre ele.
Foi Anamika que me acordou.
“Veja,” Ela sussurrou a luz das tochas, “muito suave.” Ela riu em silencio e disse. “Kelsey venha comigo.”
“Que horas são?” Eu bocejei sonolenta.
“É muito cedo pela manhã. Somente os guardas estão acordados. Você está com fome?”
Ela me trouxe para o café da manhã um ensopado de peixe frio. Eu não estava com fome o suficiente para comer peixe no café da manhaã então abaixei a tigela. “Talvez mais tarde.”
Anamika pegou minha mão e me puxou para fora da tenda. “Vem.”
Nós fizemos nosso caminho pelo acampamento quieto. A luz espiava através das nuvens e se estabelecia nas tendas, cogumelos cresciam aos milhares na base do Himalaia. O ar estava frio e seco enquanto andávamos, eu me perguntei o que estaria de pé nesse lugar no meu próprio tempo.
Será que há uma cidade movimentada aqui? Uma fazenda? Um rebanho de animais? Ou haveria apenas o luar e um frio cortante?
Vapor subia a frente. Quando chegamos à tenda de suprimentos e na nascente quente, eu olhei para o luar.
“Onde está a nascente?”
“Está aqui?”
Quase alegre, Anamika passou a mão em uma folha de tecido drapeado, os separou e desapareceu atrás dele.
“O que é isso?” Eu perguntei e a segui.
“Dhiren fez isso para mim essa noite.” (¬¬)
“Ren?”
“Sim ele é muito amável.”Seus olhos brilharam de uma maneira que me perturbou. “Ele percebeu como eu gostaria de me banhar e providenciou essas cortinas para nossa privacidade.”
“A nossa privacidade?”
“Sim. Podemos tomar um banho e relaxar. Olhe. Ele até me deu sabonetes para meu cabelo.”
Anamika se despiu e entrou no banho, deixando escapar um suspiro suave. “Por que hesita Srta. Kelsey? Não seremos deixadas sozinhas por muito tempo. Os homens levantarão em breve.”
O desejo de limpeza sobrepujou meus sentimentos de modéstia, e eu logo me juntei a ela na nascente. Foi divino. Panos macios foram deixados em uma pedra limpa, e Anamika me entregou uma tigela de sabonetes.
Enquanto eu limpava meu couro cabeludo até que formigasse, Anamika disse, “Depois da refeição da manhã, Dhiren vai me acompanhar até os outros acampamentos.” “Outros acampamentos? Que outros acampamentos?”
“Certamente você não acredita que somos os únicos que lutam contra o demônio?”
“Bem, eu acho que realmente nunca pensei sobre isso.”
“Nós somos um dos cinco. Os povos da China, Birmânia, Pérsia, as tribos das grandes montanhas do leste se juntarão a nós nessa luta.”
“Entendo.”
Ela se levantou e prendeu a respiração quando tocou a carne crua.
“Seus pés ainda doem?” Eu perguntei.
“Sim.”
“Você já ouviu falar de Fruta de Fogo? Eu posso ter uma sobrando em minha bolsa. Ela realmente irá te animar.” Eu lavei meu cabelo e comecei a esfregar os braços.
“Sua bolsa de mágica você quer dizer.”
Eu parei para encontrá-la me observando. “Não sei do que você está falando.” Eu disse enquanto mergulhava o pano na água e o pressionava em meu rosto.
“Não acha que é hora de me dizer a verdade?”
Suspirando eu peguei um pouco de sabão e lavei minha nuca.
“Olha a verdade é... muito complicada.”
“Então me diga o que você pode. Você consegue mais comida?” Ela perguntou.
Eu balancei a cabeça.
“O suficiente para animais de carga carregar.”
Mordi o lábio. “Sim. Nós temos estoque ilimitado de qualquer alimento que você precisar. Mas animais de carga não são necessários.”
Ela inclinou a cabeça enquanto considerava a informação.
“E roupas e cobertores?”
“Mesma coisa.”
“Medicamentos?”
Quando me movi desconfortável ela pressionou. “A maioria dos meus homens estão curados, mesmo aqueles com graves ferimentos. Você fez isso.”
Depois de um momento eu assenti novamente.
Ela soltou um suspiro impressionado que se afastou no ar. “Kishan e Dhiren sabem como usar esse poder?”
“Sim.”
“Então iremos estocar suprimentos o suficiente para durar uma semana e Dhiren usará seu poder para ajudar outros exércitos. Quando providenciarmos suas necessidades iremos pedir para os líderes nos encontrar e vamos nos unir para derrotar o nosso inimigo.”
Após um momento de silêncio eu sussurrei: “Tudo bem.”
Anamika me estudou pensativa. “Esse poder deve ser protegido a todo custo. Devemos fornecer as coisas em segredo. Seria sensato providenciar alguma diversão para que eles não fiquem conscientes de que você tem esse poder.”
Eu hesitei e perguntei. “Os homens acreditam que uma deusa benevolente está olhando por eles?”
Ela olhou para mim e, apesar do escuro eu ainda pude ver o brilho verde em seus olhos. “Deusa? Com o poder que você exerce? Sim, eles acreditariam nisso.”
“Talvez você esteja disposta a espalhar esse boato para os outros acampamentos quando você se encontrar com eles?”
Ela considerou por um momento e então respondeu. “Sim. É um bom plano.” Ela colocou a toalha sobre os ombos e disse incerta: “ Kelsey, você se importa que eu tire Dhiren do seu lado? Irei levar você com seu noivo é claro.”
Minha mandíbula se apertou, mas eu balancei a cabeça, indicando que estava bem, embora por dentro meu coração fosse arrancado.
“Tudo bem. Eu gosto de Dhiren.” Enquanto ela espalhava a toalha molhada sobre a rocha, ela disse: “Ele preenche o vazio ao meu lado.”.
Percebi de repente que não conseguia engolir, mas meus olhos pareciam quentes.
Anamika deixou a nascente. Rapidamente ela se secou e começou a se vestir no escuro. “Essas roupas novas que Dhiren fez para mim são do mais suave material. Eu não tenho usado algo tão fino desde que deixei a Índia.”
O lugar vazio. Por que de repente meu coração tem um lugar vazio?
“Ele fez roupas para você também. Aqui.” Ela colocou as roupas em uma rocha nas proximidades e se agachou antes de falar novamente. “Eu tenho um favor a pedir.”
“O que é?” Eu respondi com um nó sólido em minha garganta.
“Gostaria de lhe pedir para cuidar do acampamento até que eu volte em uma semana. Kishan irá ajudá-la. Eu não acho fácil um homem como o irmão dele, mas eu o amo então irei tolerar sua presença. Meus homens serão instruídos a obedecer a suas ordens.”
Eu balancei a cabeça fraca e com o ruído do tecido, Anamika desapareceu.
Nossos segredos foram desvendados e eu os senti girar fora de controle em minha mente e meu coração. Levantei-me da nascente, me sequei e me vesti, então fiz meu caminho de volta para a parte principal do acampamento.
De volta para a nossa barraca, eu encontrei Kishan ajudando Anamika e Ren a se prepararem para a viagem. Ren tinha uma das espadas presa ao seu lado. Ele usava uma túnica pesada sobre um par de calças espessas. A capa levantou de seu braço, juntamente com um capacete, para me mostrar que o Lenço e o Fruto estavam escondidos em sua mochila. Peguei o kamandal de meu pescoço e coloquei em volta do dele.
Ele parecia inacreditavelmente belo – um guerreiro indiano antigo que ganhara vida a partir de um livro de histórias. Uma torção do destino havia trago ele para mim, embora ele devesse ter morrido séculos antes de eu nascer. E tinha colocado de lado um precioso dom, e agora eu não sabia como tomar de volta. Um arrependimento bateu fundo em meu coração.
Enquanto Kishan se assegurava que eles tinham tudo que precisava, eu desejei um cantil cheio de suco de Fruta de Fogo. Ele se materializou no pacote de Anamika com um brilho. Eu entreguei a ela, dizendo que era remédio e ela deveria beber tudo.
Ela agarrou meu braço e disse: “Fique segura Kelsey.”.
Ren então colocou galantemente um manto idêntico ao seu ao redor dos ombros de Anamika e o amarrou no lugar. Ela sorriu timidamente para ele, e a dupla passou pela tenda e desapareceu com Kishan indo até o lado de fora para assisti-los.
Um momento depois eu ouviu o galope do cavalo. Voltei para minha cama para esconder a mochila e notei uma folha de papel colocada no topo. Na bela carta de Ren eu li um soneto de Shakespeare e uma nota.
Soneto 50
Por Shakespeare. Na tradução de Thereza Christina Rocque da Motta, Com que pesar enfrento a jornada, Quando o que procuro (o triste fim do meu caminho) Mostra-me, docilmente, a resposta que devo dar: “Assim as milhas são marcadas para longe de teu amigo”. O animal que me carrega, cansado do meu pranto, Cavalga firme, suportando o peso que levo comigo, Como se, por instinto, o animal soubesse, Que o cavaleiro de ti não quisesse se afastar. As esporas sangrentas não o atiçam Que, por vezes, o ódio toca-lhe por dentro, E, prontamente, responde com um grunhido, Mais agudo para mim do que ao esporeá-lo; Pois o mesmo grunhido põe isto em minha mente: Minha tristeza jaz à frente e, minha alegria, atrás. Kelsey, Essa separação é difícil para mim embora eu acredite que seja necessária. Kishan irá mantê-la segura. Nossa tarefa está quase completa. Lokesh será destruído e nós seremos livres para viver como homens. Eu deveria me sentir exultante com essa ideia, mas ao invés disso meu coração cresce pesado. Eu sei que a distância de você é apenas temporária, e ainda sim, minha mente está carregada com a consciência do final, uma separação eminente está por vir. É quase impossível para mim eu sair agora. Eu não sei como irei suportar quando você partir para sempre. Mas ainda sim, eu atenderei ao meu destino. - Ren.
Sufocando em um dilúvio de lágrimas, eu saí da barraca para o ar fresco. O céu, belo e cheio de estrelas uma hora antes, agora estava triste e vazio. A luz no horizonte era de um nauseante tom rosa. Pânico subiu em mim como um pássaro vibrando, batendo asas contra meu coração inchado. Meu estomago torcia. Quando os homens se mexeram em suas tendas e o céu se iluminou, eu me senti condenada a desgraça.

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